23 de ago. de 2004

Polaroid


Adoro minhas mãos. Adoro rir de mim mesma. Sou perdida por gente doida. Desprezo gente que se leva a sério. Adoro aristocratas. Durmo bem menos do que gostaria. Adoro gente que diz " é ruim, hein?!". Detesto gente que mitifica. Gosto muito de dirigir. Não gosto de mistério. Desprezo gente fiteira.

Mais ou menos assim. Um pouco partimpim.

13 de ago. de 2004

Descobertas


Pensava sobre as pessoas e as coisas das quais mais sentia saudade.

Em alguns instantes descobriu que eram exatamente aquelas de que havia se despedido antes da hora, antes de quando queria fazê-lo. Depois, conversando com suas amigas, descobriu que era sempre assim, com todas as pessoas, com todas as saudades.

E, sendo assim, acabou descobrindo que aqueles amores que a gente guarda são algo muito mais simples do que imaginava. Descoberta essa que, de qualquer forma, não a fazia sentir-se melhor ou pior. Mas talvez ajudasse-a a ter mais cuidado nas despedidas e nas saudades.

- É preciso ter cuidado.

(valeria à pena levar relações ao seu limite? valeria à pena poupa-las, encerra-las antes da hora para que delas fossem guardadas boas lembranças?)

11 de ago. de 2004

Assim


brincando

como se
não fosse
nada
muito
sério

como se
nada
fosse
muito
sério

vivendo
assim
meio
de graça

3 de ago. de 2004

Que me desmonte



homme à la cheminée

Um homem ali, observando a lareira.
De repente o homem não é mais o mesmo.
E a lareira ali, intacta.

É tão bom quando a gente vê alguma coisa que desmonta a gente, que deixa a gente um caos. E pode ser ainda melhor se essa coisa for uma pessoa.