17 de abr. de 2004
Pra virar borboleta (parte final)
Oi Clóvis,
te escrevo hoje em resposta ao seu poema, que gostei. e se pensei em te analisar através dele, desisti. mas gosto muito das meias palavras, da palavra sã. gosto porque se subentende algo, gosto porque não sou muito direta. e por falar em não ser direta, não vou falar nada sobre aquilo. nem vou perguntar nada.
te confesso que ainda tenho medo, porque não sei como seria se me procurasse, eu não sei se ia achar bom ou ruim. e isso eu sei que não é bom. mas é isso.
achei bonito você dizer que vai ter que ver Frida com um outro alguém. mas não deixe de ver nunca, acho que você vai gostar até chorar.
e no mais, ando tranqüila pelas curvas de minha vida. fumo um cigarrinho e me deparo com tudo de grande que encontro em mim, me conheço. acho mesmo é que vou começar a viver minha vida, essa semana acho que nem bebo. é aquela coisa de finalmente enfrentar tudo o que ainda está por vir.
sábado é o aniversário da Ângela, e com certeza vai estar muito bom. todos os aniversários da Ângela foram bons. te espero lá. você sabe onde.
um beijo,
Sônia
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