5 de jun. de 2004

Devaneios midiáticos


Já faz um tempo que assisto à novela das sete sempre que posso. E morro de rir. Gosto dela porque o autor está livre de qualquer compromisso com a verossimilhança ou com a representação da realidade. Uma novela leve, enfim. Num dia qualquer dessa semana, assisti à seguinte cena:

Ulisses, Verinha e Eduardo na sala de um apartamento chique. Ulisses tenta fugir do apartamento com um baú pesado, cheio de ouro. Num determinado momento, Eduardo bate com uma frigideira na cabeça de Ulisses, que desmaia. Nesse instante Verinha (Maitê) pára a cena e pergunta a Eduardo: "Espere aí! O que é que uma frigideira estava fazendo no meio da sala?". E Eduardo responde: "Providência divina!".

Providência divina que nada. Tratava-se de uma licença poética, em plena novela das sete. E dessa vez o autor resolveu dar voz - e resposta - aos telespectadores mais acostumados com o realismo excessivo que permeia as novelas. Genial.

Mas fica a pergunta: será que a Maitê participou da concepção da cena? Aliás, se vir alguma entrevista com a Maitê, não perca. Ela é surpreendente.

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