Dona Leopoldina havia completado oitenta e dois anos no último mês de janeiro. Passeava muito a pé, pois na sua época eram poucas as mulheres que aprendiam a dirigir. As pernas já andavam bambas e não era raro que se estabacasse no chão a cada esquina percorrida. Mas não sentia vergonha disso e nem causava preocupação na vizinhança: era notória a sua habilidade para levantar-se do chão em apenas dez segundos. Costumava, inclusive, arrancar aplausos dos pedestres desavisados que passavam pelo bairro.
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