21 de nov. de 2008

Desespero


Homero escolheu ser taxista porque era bom no volante e também porque gostava de conversar. Mas desde o dia em que precisou vender o táxi as coisas desandaram. Não era a primeira vez que ele trabalhava como motorista particular, mas nunca havia sido proibido de circular pelas áreas comuns do prédio nos momentos em que a patroa estava em casa. Por conta disso encarou com um certo desespero o fato de passar grande parte do dia sentado, sozinho e em silêncio, dentro de um carro estacionado em uma garagem. Quis dizer a patroa que aquilo era falta de respeito, mas não pôde porque precisava do emprego.