21 de abr. de 2004

Pra virar borboleta (parte três)

Oi Clóvis,

ontem eu cheguei da aula e pedi pro meu pai me levar no bar. ele não quis me levar, perguntou "esse negócio de buteco agora é todo dia?". só agora ele percebeu. e não me levou porque disse que é contra tudo isso.

fui a pé, sozinha e puta, quando parou um moço me perguntando ruas. eu disse tudo e pedi uma carona. simpático o rapaz. foi me contando que fazia psicologia e tal. o trânsito estava horrível. meia hora depois ele me deixou no bar, eu pedi desculpas por qualquer loucura, ele riu. foi uma aventurinha simpática.

toda a raiva que o meu pai me fez passou. mas adivinha quem estava no bar? falei um monte de bobagens. ele ficou irritado porque não sabe falar dessas coisas, gritou comigo. fiquei entalada, quis ir embora, chorei meia lágrima. ruim.

fiquei triste e quis ficar bêbada pra esquecer. foi o que aconteceu, e eu fiquei me achando um pouco idiota. foi uma bebedeira sem fim, até cachaça eu tomei. fui embora de táxi com a Ângela, dormi bem e hoje no primeiro horário não tive aula. voltei para casa, dormi mais e voltei. aqui estou eu, só e simplesmente. feliz.

um beijo,
Sônia

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