20 de nov. de 2006

À sua espera


Fátima enxugou as mãos e sentou-se à mesa, em frente à patroa. Ouviu que as crianças estavam crescidas, que o serviço da casa havia diminuído muito, que os tempos estavam difíceis e que, portanto, ela seria despedida. Diante de tantas palavras, Fátima não soube o que dizer. Depois de algum silêncio levantou-se e deu um abraço na patroa, que retribuiu. Sentiria saudades. Fátima não sabia o que fazer depois de cruzar aquela porta. Tinha trinta e oito anos, poucos amigos e pouca família. Ainda tinha muito tempo pela frente e não sabia por onde começar a vivê-lo.

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