30 de out. de 2003

Devaneios midiáticos


Dias de febre são, para mim, dias de televisão. Não consigo ouvir música, acho tudo chato e alto. Não consigo ler, as posições ficam ruins de dois em dois minutos e, num dado momento, se esgotam. Assim, meu destino é assistir a televisão e tirar uns cochilos, sem qualquer separação consciente entre as duas atividades. É verdade que todo remédio pesa a balança para a direção do cochilo.

Aqui em casa não tem TV a cabo. E, sobre a programação, tenho alguns comentários que podem interessar a alguém e, com sorte, dividir algumas opiniões.

A Ana Maria Braga continua muito legal e divertida, muito mesmo, que pessoa legal, queria que fosse minha tia.

Depois da Ana Maria Braga é quase impossível assistir TV. Não tenho paciência para desenhos nem para receitas. A Olga eu até acho elegante, mas o programa dela é um lugar em que nada acontece. Talvez esteja lá o tão procurado vácuo perfeito.

Pela maior parte da manhã só há desenhos, receitas e futebol. Eu iria dizer esportes, mas é mesmo futebol o que se vê. Às vezes o Guga, às vezes o Schumacher, de vez em quando uma jogadora de vôlei que migrou das quadras para as praias, mudou de dupla. No mais, é tudo futebol.

A hora dos jornais locais. O Artur e a Isabela dispensam comentários, basta dizer que eles agem como se estivessem na sala de visita, quer dizer, na cozinha da casa deles. E que essa casa deve ficar em alguma cidade com, no máximo, dez mil habitantes. Nunca vi gente tão comadre, o papo nunca sai do micro.

Para falar do Jornal Hoje, tomo as palavras de um amigo: Tenho certeza que a cada vez que assisto o Jornal Hoje meus neurônios entram em decomposição. A Sandra Anemberg é a criatura mais insossa do planeta. Ela tem o carisma de um hipopótamo. Como alguém pode achar possível ser tão simpática assim? É uma idiota. Parei, parei de assistir Jornal Hoje. Nunca mais. No mesmo horário passa o Mundo à la carte no P&A. Muito melhor. Sem dúvida. É um ótimo comentário, mas como não tenho TV a cabo, há também o programa da irmã do Faustão.

Os convidados da Leonor são sempre muito desinteressantes e os assuntos, também. Contudo, ela tem opiniões espertas e piadinhas engraçadas para o horário, além de tirar o jeca do co-apresentador o tempo todo.

Depois do almoço, é hora do programa da Angélica, que é divertido para mim, mas só porque eu sempre assisti novela. E os convidados dos programas da Globo ao menos despertam algum tipo de interesse, geralmente.

Anjo Mau é um bom momento da tarde, fico ansioso por cada cena da Luíza Brunet, mas não me estenderei nesse assunto, que merece um post próprio. Enfim. Já me prolonguei demais.

Resumindo a tarde: a Astrid está muito mudada; a Sônia Abrão precisa contratar uma repórter cujos dentes caibam dentro da boca; o Cabeção é, desde a saída da Bia, a melhor parte da Malhação; Chocolate com Pimenta é leve, divertida, quase cai pro absurdo, um sucesso. O Roletrando tem que continuar. O jornal sensual do SBT também. Assista.

Assistindo Kubanacan, me surpreendi com a Letícia Spiller por lá, mas não entendi o que ela fazia nem o que ninguém fazia naquela novela. A Leonor, irmã do Faustão, falou que também não entende nada. Será que alguém entende? É um desafio, tente numa noite de ócio.

Aqui no blog termino meu dia de enfermo. E fico tão cansado que nem consigo durar até a Gimenez.

Nenhum comentário: