26 de out. de 2004
Brigitte (parte quatro)
sentou-se na calçada. esperava pelo primeiro carro que passasse. só iria de carro, porque se alguém passasse a pé, ainda que tivesse boa vontade, não poderia levá-la muito longe de casa. e, apesar da distância enorme que a separaria de seus pais e irmãos, Brigitte não se sentiria sozinha.
ela apenas sentia-se incomodada pela inércia que comandara os últimos dias. sentia-se presa a uma vida que não adequava-se aos seus planos nem aos seus desejos, agora incontroláveis.
Brigitte sentiu então que o clima daquele lugar lhe fazia bem. já há muito tempo não passavam carros nem pessoas. ela gostava de sentir-se. ali mesmo. na calçada.
a sua vida poderia transformar-se. antes mesmo que qualquer carro ou kombi ou caminhão passasse e a levasse dali.
horas se passaram. Brigitte experimentava-se.
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