12 de ago. de 2003

Em circulação


Ontem fui ao banco pagar uma multa de trânsito. Multa que tomei por estacionamento proibido, justo na porta do meu prédio. Eu acho que multas por estacionamento proibido deveriam ser bem mais baratas. Ao parar meu carro num local proibido eu contrario a lei, mas não prejudico ninguém. Excesso de velocidade, carro faltando pedaço ou com luz estragada, dirigir bêbado... Tudo isso pode prejudicar outros carros, pode ter sérias conseqüências... Mas esse não é um post-queixa.

Resolvi escrevê-lo porque gostei de ir ao banco. Percebi, ontem, que preciso ir mais ao banco. Preciso jogar mais baralho com os amigos do meu irmão. Preciso andar mais a pé. Até ir mais ao shopping eu preciso. Preciso conviver com mais pessoas mais diferentes. Não falo de conhecê-las, mas de conviver mesmo. Ver como elas me olham, como falam comigo, como se relacionam. É fundamental sair do lugar, do conforto. Surpreender e ser surpreendido.

Tenho cá meus amigos e não me considero um recluso. Vou à faculdade, ao teatro, a shows e bares. Mas em todos esses lugares vejo pessoas um tanto como eu. Todos nos seus respectivos lugares, por uma mesma causa. Gostei muito de andar na rua e ver cada um na sua vida, com seu objetivo e direção.

Essa é a nova onda. Sair do lugar. Amplia o olhar e é mais simples do que parece.

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