25 de ago. de 2003

Mal-estar


Há algum tempo li um texto chamado Mal-estar na civilização. Eram alguns questionamentos que constatam a dificuldade dos seres humanos em encontrar sentido para sua existência e o mal-estar que isso gera em cada um de nós. Até há pouco, não me lembrava mais desse texto. A mudança aconteceu quando meu professor falava justamente desse mal estar. E que, para sair do inevitável mal-estar (há quem duvide da sua existência?), tínhamos quatro caminhos.

Estranho. Não me lembrava que o texto oferecia soluções... E como eu queria sair de mim nesse momento e ver a cara que fiz. Poxa. Especialmente hoje, naquela manhã em que eu poderia ser definido como a personificação do tal mal-estar... Finalmente eu descobriria uma solução para tanto, e ainda poderia escolher entre quatro caminhos. Era muita felicidade. Meus olhos devem ter brilhado, meu pulso acelerado e, quem sabe, um sorriso eu devo ter esboçado. Enquanto eu soltava fogos de artifício por dentro, meu professor falou os quatro caminhos.

Sexo, drogas, religião e arte. Ih. Logo depois falou o óbvio: que não dá pra fazer sexo o tempo todo, que se drogar o tempo todo também é muito complicado, que seguir cegamente uma religião é muito conformista e pouco humano. Restou a arte, então. À medida que era uma aula sobre a História da Arte, achei essa constatação bastante suspeita. Acho que o caminho é mesmo balancear os cinco pesos: sexo, drogas, religião, arte e mal-estar. São quatro contra um. Poxa. Dá pra ganhar...

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